Portugal apresenta percentagens quase sempre inferiores às médias da UE no que se refere às empresas que reconhecem ter experimentado incidentes de segurança de TIC em 2019, revela o relatório.
O “phishing” e a infeção por “malware” foram os incidentes mais registados pela Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática (CERT.PT) em 2019, com 31% e 16% do total, indica um relatório esta segunda-feira divulgado.
O relatório do Observatório de Cibersegurança do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), a que a Lusa teve acesso, adianta que o “phishing” e a infeção por “malware” foram também os incidentes mais registados pela Rede Nacional de Equipas de Resposta a Incidentes (RNCSIRT) no mesmo ano, com 13% do total, em cada um dos casos.
O Relatório da Linha de Observação Riscos & Conflitos apresenta dados e análises quanto aos principais incidentes de cibersegurança que afetaram o ciberespaço de interesse nacional em 2019 e anos anteriores, destacando ainda os agentes e as ciberameaças mais relevantes e perspetivando o futuro quanto às tendências dominantes que podem afetar o país.
Segundo o relatório, verificou-se, em 2019, um aumento do uso de produtos e serviços de cibercrime disponíveis “online2 (cibercrime-como-serviço), constatando-se que as tendências globais para certas tecnologias emergentes (Internet das Coisas, 5G, Inteligência Artificial, Computação Quântica e Plataformas em Nuvem) aumentam a superfície e os vetores de ataque, ou seja, as oportunidades e os meios para a realização de ciberataques.
Do relatório resulta também que a pandemia de Covid-19 interfere em todas as previsões para 2020 e 2021: possível desaceleração da evolução de algumas tecnologias, ameaça à proteção dos dados pessoais e aumento dos ciberataques que usam a engenharia social oportunista em relação a momentos de crise ou promovem a desestabilização social e política.